José
Moreira Correia (*1920+2019) foi um político senadorsaense com forte influência
na região de Serrota. Em 1954, quando Senador Sá ainda distrito de Massapê o
mesmo foi eleito a vereador, sendo um dos primeiros representantes dessa região
no legislativo. Nas eleições de 07 de outubro de 1962, na segunda eleição após
a emancipação de Senador Sá, colocou seu nome na disputa do executivo e foi
eleito logo de primeira, com 413 votos, foi eleito a vice, na época votação em
separado, com 437 votos, o senadorsaense também influente na época, Francisco
Anastácio Sampaio (Chico Alexandre).
Na
época foram eleitos vereadores, pela ordem dos mais votados: Sancho Rodrigues
de Oliveira (121 votos); Agenor Alves de Moraes (81 votos); José Adnogal Pinto
(77 votos); Gerardo Gomes Vidal (72 votos); João Rodrigues Alexandrino (Joao
Julião) (60 votos); Jose Anésio Silveira (43); Gerardo Gualberto Araújo (37
votos).
No
ano de 1964, por volta de junho, já em vigor a famosa revolução(ditadura), um
grupo de fiscais do governo estadual vieram a Senador Sá a pretexto de fazer
uma auditoria nas contas públicas, de acordo com as informações colhidas via
fontes orais, foram constatadas irregularidades na mesma e houve se assim um
tentativa de cassação do mandado do mesmo. (Um fato concreto da interferência
da ditadura em Senador Sá)
Presidiu
aquela sessão solene, o vereador mais votado, porém a votação não atingiu os
dois terço esperado para que o prefeito fosse afastado e o vice assumisse, no
entanto, pelas ‘irregularidade constatadas’, os repasse para o município foram
bloqueados, permanecendo assim até 1967, quando o então gestor, eleito pela
base estadual da época(coronéis), recebeu os valores retroativos.
Entre
os relatos, há quem diga que foi uma armação da ditatura com políticos locais e
outros influentes na região, em outras palavras, foi uma tentativa de tomar o
poder municipal, porém, não houver brecha legal, por isso suspenderam os
repasses municipais como forma de retaliação.
Na
memória de muitos, Zé Moreira é lembrado como o homem de branco, na
época era comum vê-lo sempre de roupas brancas ao pegar o trem, na época o
branco era um símbolo de opulência.
Matéria
escrita por Robson Yguana.
Fontes:
TSE e Depoimentos Orais.
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