Francisco Sá |
É
do conhecimento de todos que antes de sermos Senador Sá, éramos Pitombeiras,
distrito de Massapê, etc... desmembrado pela lei, etc... Mas você sabe porque o
nome foi mudado? Porque passou de pitombeiras - a prospera pitombeiras - para
Senador Sá?
O
Blog Correio Senadorsaense CS1, traz com exclusividade a resposta a esta
pergunta, para você leitor.
Senador
Sá, recebeu este nome em homenagem a um Senador da republica de nome Francisco
Sá. Mas quem foi Francisco Sá?
Francisco
Sá, mineiro de nascimento, filho de uma das famílias mais rica de Minas Gerais,
Neto de Barão, era jornalista e engenheiro. Após forma-se em 1884, recebe o
convite de um político mineiro para ser secretário do governo provincial do Ceará,
aqui chegando, casa-se com a Olga Nogueira Pinto Accioli, a filha de um dos
homens mais rico e influente no Ceará, na época o vice-governador provincial, o
comendador Antônio Pinto Nogueira Acióli, que assumiu o Ceará em 31 de maio de
1884.
Nogueira Acioli |
Em
1885 Francisco Sá, perde o posto de secretário de Estado, e é nomeado
engenheiro fiscal da Estrada de Ferro Baturité, nos anos seguintes trabalhou onde
o governo o designou, dentre estas, Fortaleza e na Ibiapaba, onde esteve em
busca de cobre.
Olga Acioli |
Em
1888, mesmo residindo no Ceará, é eleito deputado provincial em sua terra
natal, Minas Gerais. Em agosto de 1889, nas últimas eleições do império, graças
a força política de Nogueira Acioli é eleito deputado geral pelo Ceará, no
entanto em 15 de novembro do corrente ano, é proclamada a república.
Após
a proclamação da república, Francisco Sá dá um tempo a política, dedicando-se
a sua atividade de engenheiro e estudando.
Retorna
a política em 1897 quando é eleito ‘por debaixo do panos’ a deputado federal
pelo Ceará. Em 1900, é reeleito deputado federal pelo Ceará.
É
aqui que começa a parte que nos interessa, é necessário narrar até aqui, para
que o leitor tenha conhecimento pleno dos fatos.
Em
1901, no governo de Pedro Augusto Borges, no Ceará e Manuel Ferraz de Campos
Sales, no Brasil, foi um dos deputados que mais lutou para concessão de verbas
para combate as secas. A disputa por verba, gerou vario embates entre câmara e
senado. Ao lado de outros deputados conseguiu para o Ceará, com exclusividade, um
credito de dez mil contos de réis.
Em
1903, é novamente eleito deputado federal, permanece mais um mandato no posto. Em
1906, com o apoio do sogro, tenta uma vaga ao Senado, e é eleito.
Em
14 de junho de 1909, morre o então presidente do Brasil, Afonso Augusto Moreira
Pena, vítima de uma pneumonia. Na mesma data assume a presidência o
vice-presidente, Nilo Procópio Peçanha. Nilo Peçanha, reestrutura sua equipe
ministerial para conduzir o Brasil até 15 de novembro de 1910.
Francisco
Sá, então senador da república, indicado por Nogueira Acioli, é chamado a assumir
o ministério de Viação e Obras públicas.
Francisco
Sá, talvez por ter sentido a realidade do povo nordestino, ou porque queria
apenas melhorias para a região norte de Minas Gerais, não se sabe ao certo, desde
quando deputado, sempre lutou por melhorias para os flagelados do nordeste.
Á
frente do MVOP Francisco Sá tratou logo de criar um órgão, uma subdivisão do
seu ministério para cuidar exclusivamente do combate à seca no nordeste, e assim cria a Inspetoria de Obras Contra as Secas – IOCS.
De
início, Nilo Peçanha rejeitou a ideia, porém, depois de inúmeras viagens do oligarca
cearense, sogro de Sá, ao Rio de janeiro, em 21 de outubro de 1909 por decreto, é criado a IOCS, vinculada ao ministério de Viação e obras públicas.
Entre
1909 e 1910, tempo em que esteve à frente do ministério, várias ‘grandes obras’
de combate as secas foram pré-aprovadas para o Ceará, dentre as quais podemos citar
o açude tucunduba, que ao contrário do que muitos pensam, foi ele o real
impulsor do desenvolvimento da Pitombeiras.
Com
a obra pré-aprovada e ainda estando no senado e o seu sogro ainda no poder cearense, foi
fácil.
Mesmo
com o sogro, Nogueira Acioli, deposto em 1912, o trabalho já havia sido feito. Neste
mesmo ano, foi aberta a concorrência pública para construção do açude, mas, ninguém compareceu. A própria IOCS
assumiu os trabalhos do açude, que fez da Pitombeiras, que era apena um
pequeno arraial, composto de por várias fazendas, dentre as quais podemos citar;
salgado, enjeitado, picos, lagoa comprida, boi manso entre outros, um outro lugar.
Foi
somente com a chegada do açude que a estação de pitombeiras ganhou volume e formou-se
os aglomerados de casas as margens da linha do trem.
Com
o término do açude em 1919, ficou como legado as casas, os armazéns e as bodegas.
Pitombeiras
ganhou tanta notoriedade, que, em 1920 no primeiro recenseamento geral do
Brasil, Pitombeiras, que nada era além de um arraial devido seu grande volume de residências, é enquadrado como distrito, o distrito de Pitombeiras, pertencente a Granja, com uma população de 611 habitantes.
Depois
disso houve uma disputa política por pitombeiras, que será detalhado no livro
que está sendo escrito pelo Robson Yguana, sobre a história de pitombeiras.
Em
23 de abril de 1936, Francisco Sá vem a óbito aos 73 anos. Em 1938, o distrito
de Pitombeiras passa a chamar-se Senador Sá, no mesmo ano, em Minas Gerais, é
criado o município Francisco Sá, também em homenagem a este grande homem.
Claro
que para mudar o nome de um distrito para outro, tem forças políticas agindo por trás,
no livro previsto para ser lançado 2019, saberemos.
Fonte:
Correio Senadorsaense, escrito por Robson Yguana.
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