O artigo 225 da constituição
federal de 1988 nos garantiu o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
No entanto, entre a letra da lei e a dura realidade nossa de cada dia há uma
distância por vezes faraônicas. No país em que mais se mata ambientalistas no
mundo, é necessário alertar a população dos prejuízos e das consequências da
agressão ao planeta terra, ou melhor, a nossa única casa. O poder econômico com
a leniência do poder político tem exaurido os nossos recursos naturais e
colocado em risco nosso passado (memória), nosso presente e nosso futuro.
Nossos rios estão sendo mortos pela mineração e pela ineficiência ou
simplesmente ausência de políticas públicas de saneamento ambiental eficazes.
Os desmatamentos e as queimadas estão destruindo o habitat de nossa fauna,
ameaçado nossa flora e aumentado nossas áreas desertificadas. Nosso planeta
está cada vez mais quente em razão das ações antrópicas que estão
desequilibrando o sistema climático. A pesar desse complexo e triste quadro,
demos passos importantes: Criamos as Unidades de Conservação, democratizamos e
demos transparência a gestão ambiental, demarcamos terras indígenas, democratizamos
e universalizamos o uso dos recursos hídricos, condicionamos as atividades potencialmente
poluidoras ao licenciamento ambiental respeitando os princípios da prevenção e
da precaução. Temos consciência de que
os desafios são muitos, mas as conquistas também. Nosso gigante pela própria
Natureza detém cerca de 20 % de toda biodiversidade do planeta. Mais do que
nunca precisamos unir forças e lutar pela mãe terra ou simplesmente pela
existência da raça humana, tendo a compreensão de que tão ofensivo quanto a
ação é a omissão, pois podemos economizar água, plantar árvores de preferência
nativas, garantir e respeitar a liberdade dos nossos animais silvestres,
reciclar nosso próprio lixo, economizar energia, usar mais nossa bicicleta. Como
tão bem escreveu o poeta Mário Quintana “ Nesses Tempos de céus de cinzas e
chumbos, nós precisamos de árvores desesperadamente verdes. ”
Assinado por: Francisco
Jailson Monteiro de Sousa. Ambientalista, atualmente Secretário de Políticas
Sociais, Agrícolas, Agrárias e Meio Ambiente do STR de Senador Sá. É Gestor
Ambiental de formação. Militante de Direitos Humanos. Foi o ganhador da Comenda
Zaranza 2018 do CBH Coreaú, conferida a personalidades e instituições que se
destacam nas questões ambientais e de gestão dos recursos hídricos no estado do
Ceará.
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