Senador
Sá registrou no último dia 15 de maio, 33 casos positivos para covid-19, dum
total de 136 testados, um número deveras preocupante pois são mais de 24% do
total notificado, destes a maioria está na sede, são 21 casos, os demais estão
distribuídos na zona rural (11) e no distrito de Serrota (1).
Para
alguns os números “tanto faz como tanto fez”, outros estão em pânico, uns histéricos
e a comissão de frente da saúde municipal está sufocada. Não bastasse o aumento
do número de pessoas que se dizem com sintomas de covid-19 (são muitas e têm de
ser averiguadas uma a uma!); tem ainda as constantes denúncias, relacionadas a
comércios abertos, pessoa novas na cidade, pedidos de informações sobre boatos etc.;
tem também os desabafos, pessoas esculhambando a gestão, pedindo barreiras
sanitárias, lockdwn etc.; tem ainda os comparativos, pessoas dizendo que deveriam fazer
como município tal, assim assado; tem a politicagem, pessoas dizendo que é
mentira, exagero etc., e até expert em saúde pública com especialização em
pandemias e doutorado em farmacologia formados pelas redes sociais, querendo
impor seus modelos aos profissionais da saúde, fora outras coisas mais.
Além
disso tudo, o núcleo gestor da saúde tem uma preocupação ainda maior (pasme!)
manter em casas as pessoas que estão sendo acompanhadas por covid-19, parece brincadeira,
mas, é verdade. Há diversos relatos dentro da cúpula da saúde do descumprimento
de isolamento por parte de algumas pessoas, ou seja, pessoa confirmada com
coronavírus pela Secretaria De Saúde que deveria estar em casa em isolamento, circulando
normalmente pela rua. Além dos relatos de pessoas próximas a estes que chegam à
saúde, teve um caso que profissionais da saúde viram in loco “na maior
cara de pau”(sic) um positivo circulando em um local(inclusive) de aglomeração.
“nós chamamos a atenção desta pessoa, depois uma equipe da saúde foi lá na casa
dela, mas, quem garante que ela irá permanecer em casa?!”, o argumento da pessoa
foi: “mais eu não tô sentindo nada!”, “É enxugar gelo”, relatou nossa fonte,
com tom de indignação pela incompreensão das pessoas.” “Vamos prender?!, ficar
pastorando?!, botar um 24h na porta dela?! tem de partir de cada um fazer a sua
parte!”.
Há
ainda outros casos de pessoas que deveriam estar de quarentena (porque tiveram
contato direto ou apresentaram os sintomas) que descumpriram o tempo de espera
para realização do teste rápido, depois testaram e deram positivo, “e aí?!
quantos deve ter infectado?!” Enfim é uma série de coisas, ligadas diretamente
à falta de consciência das pessoas que está dificultando o trabalho da saúde, tudo
isso contribuiu para a disseminação do vírus e logicamente para o aumento de
casos, vamos entregar pra Deus”. Concluiu nossa fonte.
Apesar
de inúmeras idas aos meios de comunicação pela Secretária de Saúde, Roberta
Vasconcelos e pelo coordenador da atenção Básica, Samuel Moreira, ao que parece
o povo está cada dia mais inconsciente e subestimando a gravidade da doença
causada pelo vírus, que só aqui em Massapê, cidade vizinha, já matou 5 (cinco) pelo
menos até o dia 16 de maio, conforme boletim daquela cidade; ou, o povo está brincando com os profissionais da saúde, abusando da ética dos
profissionais que não podem revelar a identidade dos infectados a não ser com o
consentimento destes.
Se
o povo não está contribuindo, faz-se necessário o poder público municipal tomar
algumas medidas para dar suporte e contribuir para o bom desempenho das ações
da saúde, que como se viu, está precisando. A criação de uma comissão ou comitê
de enfrentamento ao coronavírus seriam um bom início; a fiscalização da
Vigilância Sanitária com apoio da Policia Militar nos locais de aglomeração
cobrando o cumprimento das determinações estaduais e municipais e dando
suporte, logicamente, para que isto aconteça, também cairiam bem, visto que
falta conscientização ao povo.
Poderia
também, focando nesse problema de descumprimento, tornar público os nomes
daquelas pessoas que estão descumprindo o isolamento, pois apesar do cidadão
ter direito ao sigilo e ao direito de ir e vir, não dar ao mesmo o direito de
infectar outras pessoas. No momento em que ele quebra o isolamento e volta a
circular ciente dos riscos para os demais, suas prerrogativas de direito individual
são suprimidas pelo direito coletivo (o direito coletivo se sobrepõe ao
individual) e a circulação deste em si é
um caso de saúde pública, ao qual cabe à gestão, nesse momento mais do que
nunca, legislar e tomar as medidas cabíveis no âmbito municipal, mesmo que seja
multa e recolhimento compulsório.
Por
que tornar públicos seria uma alternativa?
Primeiramente
para que os demais cidadãos possam se proteger, afinal pode ser um amigo, um
comerciante, um vizinho, enfim, pode ser qualquer um e está em qualquer lugar. Apesar
de todos serem suspeitos, há a suposição de que estando na rua a pessoa não é um
caso positivo em período de isolamento, e se este não cumpre as regras recomendadas
pela saúde (não só do Brasil mas do mundo inteiro) nem se identifica ao público,
aquele cidadão que só sai de casa em extrema necessidade e/ou aqueles que estão
na linha de frente de serviços essenciais (naturalmente já expostos), estarão
correndo riscos de cinco a dez vezes maiores. E segundo, para que a própria sociedade
também sabendo disso ajude os profissionais de saúde e até as forças de segurança
neste quesito, quando necessário.
No
entanto, só isso não é suficiente, é preciso a população também mudar os seus hábitos
e parar de querer sempre pôr a culpa e a responsabilidade nos outros, todos
temos de nos reinventar sempre e neste período de pandemia mais ainda, de nada
adianta culpar a Secretaria de Saúde, a gestão, o viajante ou o vizinho por
exemplo, se você não está fazendo a sua parte. A luta é de todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário