domingo, 17 de maio de 2020

SENADOR SÁ | DESCUMPRIMENTO DE ISOLAMENTO E QUARENTENA É O GRANDE RESPONSÁVEL PELO AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS EM SENADOR SÁ.


Senador Sá registrou no último dia 15 de maio, 33 casos positivos para covid-19, dum total de 136 testados, um número deveras preocupante pois são mais de 24% do total notificado, destes a maioria está na sede, são 21 casos, os demais estão distribuídos na zona rural (11) e no distrito de Serrota (1).

Para alguns os números “tanto faz como tanto fez”, outros estão em pânico, uns histéricos e a comissão de frente da saúde municipal está sufocada. Não bastasse o aumento do número de pessoas que se dizem com sintomas de covid-19 (são muitas e têm de ser averiguadas uma a uma!); tem ainda as constantes denúncias, relacionadas a comércios abertos, pessoa novas na cidade, pedidos de informações sobre boatos etc.; tem também os desabafos, pessoas esculhambando a gestão, pedindo barreiras sanitárias, lockdwn etc.; tem ainda os comparativos, pessoas dizendo que deveriam fazer como município tal, assim assado; tem a politicagem, pessoas dizendo que é mentira, exagero etc., e até expert em saúde pública com especialização em pandemias e doutorado em farmacologia formados pelas redes sociais, querendo impor seus modelos aos profissionais da saúde, fora outras coisas mais.
Além disso tudo, o núcleo gestor da saúde tem uma preocupação ainda maior (pasme!) manter em casas as pessoas que estão sendo acompanhadas por covid-19, parece brincadeira, mas, é verdade. Há diversos relatos dentro da cúpula da saúde do descumprimento de isolamento por parte de algumas pessoas, ou seja, pessoa confirmada com coronavírus pela Secretaria De Saúde que deveria estar em casa em isolamento, circulando normalmente pela rua. Além dos relatos de pessoas próximas a estes que chegam à saúde, teve um caso que profissionais da saúde viram in loco “na maior cara de pau”(sic) um positivo circulando em um local(inclusive) de aglomeração. “nós chamamos a atenção desta pessoa, depois uma equipe da saúde foi lá na casa dela, mas, quem garante que ela irá permanecer em casa?!”, o argumento da pessoa foi: “mais eu não tô sentindo nada!”, “É enxugar gelo”, relatou nossa fonte, com tom de indignação pela incompreensão das pessoas.” “Vamos prender?!, ficar pastorando?!, botar um 24h na porta dela?! tem de partir de cada um fazer a sua parte!”.
Há ainda outros casos de pessoas que deveriam estar de quarentena (porque tiveram contato direto ou apresentaram os sintomas) que descumpriram o tempo de espera para realização do teste rápido, depois testaram e deram positivo, “e aí?! quantos deve ter infectado?!” Enfim é uma série de coisas, ligadas diretamente à falta de consciência das pessoas que está dificultando o trabalho da saúde, tudo isso contribuiu para a disseminação do vírus e logicamente para o aumento de casos, vamos entregar pra Deus”. Concluiu nossa fonte.
Apesar de inúmeras idas aos meios de comunicação pela Secretária de Saúde, Roberta Vasconcelos e pelo coordenador da atenção Básica, Samuel Moreira, ao que parece o povo está cada dia mais inconsciente e subestimando a gravidade da doença causada pelo vírus, que só aqui em Massapê, cidade vizinha, já matou 5 (cinco) pelo menos até o dia 16 de maio, conforme boletim daquela cidade;  ou, o povo está brincando com os  profissionais da saúde, abusando da ética dos profissionais que não podem revelar a identidade dos infectados a não ser com o consentimento destes.
Se o povo não está contribuindo, faz-se necessário o poder público municipal tomar algumas medidas para dar suporte e contribuir para o bom desempenho das ações da saúde, que como se viu, está precisando. A criação de uma comissão ou comitê de enfrentamento ao coronavírus seriam um bom início; a fiscalização da Vigilância Sanitária com apoio da Policia Militar nos locais de aglomeração cobrando o cumprimento das determinações estaduais e municipais e dando suporte, logicamente, para que isto aconteça, também cairiam bem, visto que falta conscientização ao povo.
Poderia também, focando nesse problema de descumprimento, tornar público os nomes daquelas pessoas que estão descumprindo o isolamento, pois apesar do cidadão ter direito ao sigilo e ao direito de ir e vir, não dar ao mesmo o direito de infectar outras pessoas. No momento em que ele quebra o isolamento e volta a circular ciente dos riscos para os demais, suas prerrogativas de direito individual são suprimidas pelo direito coletivo (o direito coletivo se sobrepõe ao individual) e  a circulação deste em si é um caso de saúde pública, ao qual cabe à gestão, nesse momento mais do que nunca, legislar e tomar as medidas cabíveis no âmbito municipal, mesmo que seja multa e recolhimento compulsório.
Por que tornar públicos seria uma alternativa?
Primeiramente para que os demais cidadãos possam se proteger, afinal pode ser um amigo, um comerciante, um vizinho, enfim, pode ser qualquer um e está em qualquer lugar. Apesar de todos serem suspeitos, há a suposição de que estando na rua a pessoa não é um caso positivo em período de isolamento, e se este não cumpre as regras recomendadas pela saúde (não só do Brasil mas do mundo inteiro) nem se identifica ao público, aquele cidadão que só sai de casa em extrema necessidade e/ou aqueles que estão na linha de frente de serviços essenciais (naturalmente já expostos), estarão correndo riscos de cinco a dez vezes maiores. E segundo, para que a própria sociedade também sabendo disso ajude os profissionais de saúde e até as forças de segurança neste quesito, quando necessário.
No entanto, só isso não é suficiente, é preciso a população também mudar os seus hábitos e parar de querer sempre pôr a culpa e a responsabilidade nos outros, todos temos de nos reinventar sempre e neste período de pandemia mais ainda, de nada adianta culpar a Secretaria de Saúde, a gestão, o viajante ou o vizinho por exemplo, se você não está fazendo a sua parte. A luta é de todos.


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